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Lucão

De onde tiro minhas inspirações?


De onde eu tiro minhas inspirações? É a pergunta mais difícil de responder. O conceito de inspiração já é difícil e a imagem d’eu tirando inspirações de um lugar é uma cena que não existe no meu trabalho.


Eu não tiro inspirações, mas coloco. Tudo que vivo, sinto, percebo, ouço e experimento eu anoto. E chamo isso de ideias, minhas ideias, as palavras mais poderosas do meu trabalho.


Quando fui ao Caminho de Compostela pela primeira vez, em 2016, não pretendia escrever. Quero dizer, não tinha objetivo de publicar um livro. Mas tinha uma ideia de escrever um diário para guardar os acontecimentos relevantes.


Nos primeiros dias, antes de dormir, eu anotava no meu bloco de notas do celular alguns parágrafos sobre o dia. Mas quanto mais a caminhada avançava, mais esse instante na cama se encurtava. Eu estava exausto e logo que me deitava, dormia. Daí mudei a forma de escrever, comecei a anotar tópicos curtos, só para não perder o que havia vivido.


Esse é um costume que tenho desde que passei a amar a escrita, há mais de vinte anos, de anotar ideias. A princípio, elas não são nada. Para leitores comuns seriam ideias ruins. Mas não são nem boas nem ruins, são princípios. Depois, com tempo, leio e vou me “inspirando”. São essas anotações as minhas “inspirações”. Não vêm do nada, vem do meu esforço em guardá-las.


Meu romance “Amores ao Sol” nasceu das anotações do meu bloco de notas do Caminho. Seis meses depois da viagem, abri os textos e li: “Hoje conheci Rodrigo, ele estava à procura de uma garota que havia conhecido há alguns dias, se chamava Sol. O peregrino me deu dicas e nos despedidos”.


Os próximos seis meses foram escrevendo o romance da peregrina perdida no Caminho de Compostela.


Então, se eu pudesse deixar um resumo da ideia aqui, seria: viva as inspirações que você quer escrever. E depois escreva. Com calma, você vai descobrir que inspiração não é mágica. Escrever é mágico.

É isso. Conte comigo para seguir nessa jornada. Vamos escrever juntos.


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