Gosto de invocar alguns dos meus autores prediletos quando procuro uma resposta mais precisa para uma questão da escrita:
“A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem sempre um quê de proibido: algo assim como essa tentação irresistível que leva os garotos a riscar a brancura dos muros.” — Mario Quintana
Quando me perguntam como consigo escrever uma história, aparentemente, íntima, me lembro de todos os escritores e escritoras que leio e penso no que seria suas obras se eles não tivessem a coragem de escrevê-las.
Quando deixo de escrever por medo do que os outros vão pensar, sei que todo mundo perde. Pois, além de perder a chance de escrever o que quero, também perdem os leitores que não poderão ler a história que eu gostaria de escrever. O que eu mais quero que os outros façam quando lerem meus textos é: pensar.
Normalmente, essa é a história boa, a que me cobra um pouco mais de força para escrevê-la. A boa histórianos cobra isso, força.
E não é isso que todo escritor e escritora deveria buscar? Uma história forte? Hoje me anima saber que não há outro caminho para uma boa escrita do que um caminho com mais coragem.
E como se ganha mais coragem? Aprendendo. Como se ganha mais segurança em um texto? Estudando, lendo, aprendendo com os autores que admiramos, escrevendo mais histórias e experimentando a escrita no dia-a-dia.
Estudar autores que gosto, descobrir seus recursos e experimentá-los nos meus próprios textos é o que me ajuda a aumentar a coragem. Quanto mais eu sei, mais segurança tenho para continuar escrevendo.
Para quem gosta da escrita: “É preciso riscar a brancura dos muros”. E só se faz isso com coragem. Estude.
Crônicas e Memórias começa na semana que vem. Vem!
No meu curso de escrita “Crônicas e memórias” que começa na semana que vem, vamos estudar autores e autoras como Rubem Braga, Clarice Lispector e Mario Quintana para aprender com eles a ter mais segurança na escrita. Quais recursos a crônica nos entrega para escrevermos melhor? Como a literatura desses autores pode tirar nossa escrita do lugar? De um jeito saboroso, vamos mergulhar na crônica cotidiana para desenvolver melhor nossas histórias. As aulas serão virtuais/ao vivo, mas também ficarão gravadas aos inscritos. Saiba mais aqui > > >
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