Uma brisa que quase ninguém nota refresca a tarde onde quase todos estão. Desarruma os cabelos de uma mulher que acaba de sair do salão, chacoalha as folhas de uma árvore como quem sopra a sujeira de um móvel empoeirado e ajuda um panfleto publicitário a atravessar a avenida. Daí a brisa passa e quase ninguém nota que ela é feita um pouco de vento e outro pouco de poesia.
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