A final de um campeonato mundial é o momento mais difícil de se fazer um gol. A tensão, o nível do jogo, a torcida, a defesa adversária. Tudo deixa mais difícil de o gol acontecer. Penso nesse jogo como penso no amor. Como é difícil amar também. Fazer esse gol na final. A gente passa a vida tentando chegar a esse jogo, a essa partida que vai decidir quem é o melhor dos melhores. E quando chega, ainda precisa fazer o gol. A bola bate na trave mais vezes do que entra. E a trave é tão menor que o gol. A paixão é tão menor que o amor. O relacionamento é tão menor que o chute certeiro nesse coração tão grande. Mas chega uma hora que, de tanto tentar, a bola atravessa a linha que divide a paixão do amor. A torcida vai ao delírio. Os jogadores vão ao delírio. Meu coração vai ao delírio. E é gol. Vale o campeonato mundial. Mas mesmo se a gente perder, já entramos pra história. Já fizemos o gol. Já entramos pro amor.
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